... o grito que sinto crescer, cansada de não poder gritar, porque é acto demencial, não aceite, criticável, condenável.
Cobardemente, calo o grito que me libertaria do peso dos dias, meus e dos outros.
É preciso continuar, sorrir, trabalhar, fazer a engrenagem funcionar.
Fazer de conta, pretender, fingir, continuar, fazer a roda rodar.
Andar, sempre para a frente, andar, progredir, avançar quando sei que hoje, a única coisa que queria, era gritar.
3 comentários:
Grita. Acho que deves gritar. Tu? Preocupada com o que os outros acham? Na.........
Faz uma pausa e grita. Porque não? O que perdes?
Bjs
Nem sempre o facto de não podermos gritar (porque temos de o abafar - que importam os motivos e causas) significa falsidade, obscuridade, fingimento.
Aprendi uma coisa há cerca de um dia: se não grito, sou fingida. Se grito, sou estúpida. Ah, e fingida também.
Assim sendo...
Beijinhos, Tita. *
ovo*
subscrevo a Thunderlady.
beijos.
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