sexta-feira, 28 de março de 2008

DO "CHÁ" QUE SE "BEBE" EM PEQUENINO OU TALVEZ NÃO


É fantástico como enraizamos, mecanizamos, automatizamos coisas que nos foram ensinadas na mais tenra infância. Nascida em família tradicional sempre me foram ensinadas uma série de regras de comportamento social que ainda hoje cumpro à risca, coisas simples básicas como nunca telefonar a ninguém depois das 21.00 horas, jamais visitar alguém em sua casa sem ser convidado expressamente ou avisar telefonicamente se seria conveniente, conforme o grau de intimidade, coisas simples que fazem parte do meu dia a dia. Ora ontem ao fim da tarde, como quase todos os dias antes de rumar a casa, dei uma "saltada" a Santarém, a casa dos meus pais, pelo caminho, como sempre telefonei a avisar que estava a chegar se não havia inconveniente, levava comigo uma rapariga de uns 35 anos que trabalha comigo e que ficou admiradíssima, chegando mesmo a esclarecer-me que quando ia a casa dos pais metia a chave à porta e entrava, fez-me confusão, será que os princípios básicos de educação estão assim tão fora de moda?

14 comentários:

Laetitia disse...

Tita:

Tu sabes a idade que eu tenho e eu fui ensinada da mesma forma que tu.
Eu nunca vou a casa da minha mãe sem avisar e toco sempre á porta.
Não gosto de coisas de última hora, e detesto que me apareçam em casa sem pré-aviso.
Telemóvel a partir dessa hora só se for para atender a minha mãe ou algum amigo chegado.
Agora o espanto da rapariga, é comum...
Existem muitas tradições e regras de etiqueta que se vão perdendo ao longo dos anos.
Eu ainda tenho um livro que a minha mãe me ofereceu e que já está bastante velhinho, que é o "Escola de Noivas".
E dou-lhe uso!
Será que sou uma mulher à moda antiga?
Beijocas

pensamentosametro disse...

Red Woman,

Não, não devemos ser, provavelmente a educação é que passou a ser uma coisa do passado:)

Bjos

Tita

V. disse...

Quando se começa a pensar em "educação" como um ema que sehue modas entramos num universo bizarro, caótico... ebfim, não quero ser ou parecer fatalista.

Não quero pensar que a educação é uma coisa de moda. Sabemos que "evolui" com os tempos e varia de sociedade para sociedade. Mas Considerando a nossa, não quero pensar desse modo. Não pode ser uma questão de moda. Há regras básicas, tipo comer de boca fechada, bater à porta, não pôr os cotovelos em cima da mesa... sei lá!

Sou mais nova que essa tua amiga e não me ia passar pela cabeça fazer essa pergunta. Por um lado porque raramemte esotu de passagem por casa de alguém, vou se avisar antes. Depois porque s elevar alguém aí faço mesmo questão de avisar. E já estou como a Estrellinha, detesto visitas que não avisam. Podem avisar 5 minutos antes, mas avisem!

:)

Beijos

pensamentosametro disse...

Mim,

Uffff, já vou almoçar mais descansada, tu e a Red Woman já me descansaram o coração, afinal ainda há esperança de não vivermos a breve trecho na "burgecelândia".
Visitas que não avisam , não são visitas, são invasores, costumo fazer cara de parva e perguntar: não tínhamos combinado nada, pois não?"
Afinal o que custa cumprir estas pequenas regras que tornam a convivência social tão mais agradável?

Bjos


Tita

Laetitia disse...

Ahahahah!
Eu costumo dizer o mesmo com o maior sorriso.
Até aos clientes que aparecem aqui sem avisar ou marcar reunião.
"Não tinha nada marcado com o Dr. Pois não?"

Vai almoçar descansada que bem precisas e espero que aprecies a receitinha.

Beijos

Gi disse...

Afinal tu sabes escolher-nos a dedo, amiga ;)

pensamentosametro disse...

Red Woman,

a reveita parece-me boa vou experimentar rapidamente

Gi,

Ah pois é Gégé


Bjos

Tita

M disse...

A todas as outras pessoas, eu aviso sempre, ligo sempre antes de aparecer, apesar de ser uma pessoa sempre preparada para resolver imprevistos e mudanças de última hora... mas com a minha mãe, apesar de também ligar, faço-o apenas por uma questão de respeito, acho que tem a ver com a minha maneira de ser, porque por ela a casa é e será sempre também minha, tenho a chave, entro e saio quando quiser e precisar... mas não, acho que os principios básicos de educação não estão, nem nunca deveriam estar fora de moda, estão é subvalorizados, por isso é que vemos tanto disparate por aí...

Proud Bookaholic Girl disse...

Eu também tenho esse hábito. De avisar quando vou visitar alguém, aliás, de perguntar se posso ir (tal como dizes, conforme o grau de intimidade) e também não acho piada nenhuma a aparecerem-me em casa de surpresa. No entanto, tive exactamente a mesma educação do meu irmão e ele chegou a ligar-me às 20h (quando não era mais tarde) a dizer-me que ia lá jantar a casa mais a respectiva. No mínimo um fenómeno interessante.

Red-Woman, oh! Também tenho o livro "Escola das Noivas". ;) lolol

Fatima disse...

Tita não estás mal não senhora e ainda há muitos jovens a cumprir essas normas.
Eu cumpro-as e os meus filhos também.
O que eu acho é que há pessoas que podem até ser muito modestas, mas passam essa informação aos filhos, e há outras que pura e simplesmente passam ao lado dos valores morais e da educação.
Por isso é que temos tantos problemas nos empregos, escolas, etc etc....
Bjs

Lisa's mau feitio disse...

Tita, os princípios básicos não estão fora de moda. Jamais.
O problema é que a ordem dos princípios foi invertida, tendo-se tornado pervertida. E o que é básico passou a ser secundário. Sendo o secundário, agora, capital na postura das pessoas, nomeadamente, a aparência, o saber falar, o saber ser.
Mas nunca o saber estar nem o ser, de facto.

Eu sou rígida com os princípios básicos que a minha família base partilhou comigo. Mas já não sou rígida quando não os cumprem em relação a mim. Suporto muita falta de educação e de consideração alheias. Por uma questão de educação. Boa educação minha, claro.
Por mais que me incomodem, não o demonstro. com a certeza, porém que não repetem o incómodo. Isto porque inverto as situações, de forma a que os que me rodeiam e que comigo privam percebam que os meus limites para com eles, têm de ser os deles para comigo.
Por exemplo, atendo o telefone sempre bem-disposta a qualquer hora. Mas faço saber que eu mesma jamais telefonaria a quem quer que fosse em dado momento da noite ou do dia. Sim... É que há gente que nem horários diurnos respeita.
De qualquer das formas, estou sempre disponível numa urgência. Mesmo que seja urgente dar uma boa gargalhada ao telefone depois da hora definida como aceitável.

Beijinhos

Rita disse...

Acho que não é uma questão de fora de moda, é mais uma questão da evolução nas relações. Provavelmente tu tratas os teus pais por você e eu fui habituada a tratar os meus pais e avós por tu (embora a minha mãe os tratasse por você). As relações estão diferentes e, não sei é capaz de ser uma coisa mais assim, nem sei bem explicar mas eu também fui habituada a estar plenamente à vontade no meu relacionamento com os meus pais, eu também não aviso os meus quando lá vou, simplesmente ponho a chave à porta e já está...E não considero isso, nem eu nem eles falta de educação, é apenas diferente. E sinceramente não me chateiam nada visitas que não avisam. Adoro receber visitas.
Jokas

rosa disse...

pois eu posso até dizer-te: tenho a chave de casa do meus pais... mas nem sei onde!!!! e para ir a casa de alguém, ou alguém vir à minha... são no mínimo duas ou três combinações. entre tentativas de marcação e marcação dos encontros, tudo pode acontecer. quanto mais aparecer sem ser convidada!!!! aliás, tens o exemplo do nosso café, que está adiado já nem sei à quanto tempo!

pensamentosametro disse...

Gaia,

O nosso caso é diferente, temos temperamentos "gémeos", café, coisa nenhuma tem que ser no mínimo almoçarada, com tempo que quero encher a pirralhinha de mimo.

Bjos

Tita